Reportagem Rede Globo

Reportagem sobre a Associação Dar a Mão na Rede Globo, Paraná TV Primeira Edição. 

Exibição em 11/07/2017, RPC.


"O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar 
e de correr o risco de viver seus sonhos". (Paulo Coelho)


http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/filha-inspira-mae-a-criar-associacao-que-faz-proteses-para-pessoas-que-nao-tem-maos.ghtml


TEXTO DA MATÉRIA:

Filha inspira mãe a criar associação que faz próteses para pessoas que não têm mãos


Geane Poteriko, de São João do Ivaí, no norte do Paraná, é mãe da Dara, que nasceu sem uma das mãos. Grupo usa impressoras 3D para criar as próteses, que são enviadas para todo o país.
Por RPC Maringá - 11/07/2017


Uma mãe de São João do Ivaí, no norte do Paraná, criou uma associação que faz próteses gratuitas para pessoas que não têm as mãos. Foi pensando em ajudar a filha, a pequena Dara, que nasceu sem uma das mãos, que Geane Poteriko construiu uma rede de pesquisadores e voluntários que contribui para melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

A prótese é resultado da batalha incansável da mãe. Desde que a filha nasceu, Geane passou a buscar respostas. Descobriu que a menina teve a Síndrome da Brida Amniótica, que provoca no feto a má formação de alguns membros, também chamada agenesia.

A partir do diagnóstico ela foi em busca de soluções, e viu que era possível fazer próteses usando uma impressora 3D.

A pequena Dara ganhou a dela há poucos meses, porque precisava completar 4 anos. Ao ver os progressos da filha a mãe já se sente realizada. “A gente sabe até onde vai o amor de uma mãe pelo seu filho. É esse amor que motiva o nosso trabalho”, explica.

Antes mesmo da filha, Geane passou a ajudar outras pessoas, ao montar a Associaçao "Dar a mão", que fornece próteses de graça para adultos e crianças de todo o país.

Tudo é coordenado por uma equipe de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Curitiba, que desenvolve próteses de baixo custo, para garantir a inclusão social.

“Uma criança com uma prótese que a gente desenvolve, ela consegue andar de bicicleta, tocar violão”, afirma o coordenador de Engenharia de Produção e Sistemas PUC, Osires Canciglieri.

Para a pesquisadora Lúcia Miyake, se cada um doar um pouquinho da sua habilidade, é possível melhorar a situação de várias pessoas. “Talvez, diminuir a limitação dela, e dar melhor qualidade de vida”, pontua.

E tem muita gente se doando, todos voluntários. O grupo que atua em São João do Ivaí é só uma pequena parte da rede de solidariedade que se formou no país, para ajudar as pessoas que precisam de uma prótese.

Atualmente, são mais de 100 voluntários espalhados pelo Brasil. Médicos, engenheiros, enfermeiros, fisioterapeutas, donas de casa. Cada um fazendo uma pequena parte: lixando, montando, até chegar na prótese em si. Como a usada pela Dara.

“A maioria da ajuda que nós recebemos, é com o serviço. Então, essas pessoas se dispõem a doar parte do seu tempo para poder nos atender. Nós temos um banco de dados, onde nós conectamos as pessoas que precisam do atendimento aos profissionais que estão dispostos a atender”, explica Geane.

Foi assim que o voluntário Rodrigo Pirozzi chegou até a estilista Talita Caroline Bento, que queria uma prótese. Os dois moram em Maringá, e não se conheciam.
“Eu mandei um e-mail geral para a associação e eles me responderam falando que tinham um associado que era próximo da minha casa. Em seguida, o processo foi super rápido”, conta a estilista.

A impressora que Rodrigo usa é resultado de uma vaquinha que fez entre amigos. Ele trabalha em casa, nas horas vagas. Para fazer uma prótese, são necessárias 30 horas.

“A satisfação de ver a pessoa ali... o primeiro sorriso que ela dá a hora que coloca o dispositivo na mão, é gratificante demais”, diz o voluntário.
Para Talita, o Rodrigo deu a ela o melhor que podia dar: o tempo. “É um gesto muito bonito dele e de todos que se dedicam. Não tem como agradecer”, declarou Talita.


Fila de espera
Atualmente, cerca de 100 pessoas aguardam uma prótese de mão. O estudante Osni Ferreira é uma delas.

“Acredito que dentro de dois meses [receberá a prótese], devido ao dedo que eu tenho na mão, vai ser feita uma modelagem exclusiva”, comemora.
Osni se viu tão acolhido, que também passou a ajudar a associação. “Eu costumo dizer que aqui é a minha segunda família, não tem explicação, assim, para dizer o apoio, o carinho, o respeito que eu tenho de todos da associação”, afirma.

Quem quiser ajudar ou tirar dúvidas sobre as próteses, pode entrar em contato pela página do Facebook da Associação "Dar a Mão".

https://www.facebook.com/associacaoda...

Parceiros

Parceiros


DAR A MÃO: Vídeo do Projeto

Agenesia de mão: Dara

Agenesia de mão: Dara
Mãos de Dara (Síndrome da Brida Amniótica)

JORNAL DAR A MÃO

JORNAL DAR A MÃO
Notícias, histórias e informações no Jornal Online da ASSOCIAÇÃO DAR A MÃO